sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sentir a musica da natureza


Para os músicos de plantão deixo um recado:
Não há música sem o sentimento. É preciso em seu fôlego inspirador, ao menos, uma gota de expressão. É preciso revelar o que sente para dar vida aos sons... Sentir o som e fazer soar... Mas também sentir o som para ouvir a música da natureza

Quando estamos em conjunto com a natureza podemos sentir melhor a sua música através de seus sons.

Pela manhã os pássaros quebram o silêncio e cantam melodias o tempo todo. Dão boas vindas ao novo dia. Saúdam a Mãe Terra com seus arpejos cíclicos e inspiram a alma de quem os ouvem.

As águas e seu eterno canto de correr e acalmar. Em seu caminho há a musica da limpeza e do renascimento da vida. Os rios cantam a vida. Quando a água vem em chuvas faz a percussão da majestosa iluminação e purificação do espírito e, as vezes, acompanhadas dos tambores dos trovões. No mar, ela canta as canções da fartura e da alimentação. As águas do mar podem até cantar as letras do coração, onde somente quem é do mar entende. As águas falam o tempo todo da grandeza da vida.

O vento são sopros das flautas de Deus. Assoviando, trazem consigo as mensagens dos anjos. Atravessam léguas e léguas com seu canto abençoando as formas da terra. Cantam com as arvores, com os rochedos, com os desertos. O vento é o canto dos caminhos e dos presságios. Sua brisa melodia acaricia a terra e seus gritos e berros mostram a força o poder impalpável do seus elementos.

No fim de tarde, quando silêncio vem caindo feito a pausa entre movimentos, podemos ouvir a musica das cigarras. É a musica da meditação e interiorização. Um mantra que nos leva de volta a nossa infância. Traduzem os sentimentos da tarde.

E quando chega a noite, a percussão da natureza se manifesta com seus rituais. Os grilos saracoteiam com seus maracás sonoros e quase melódicos fazendo o início do ciclo noturno. Os sapos... Ah, estes são fantásticos... Aguçam a imaginação de quem ouve. Fazem a música tribal. Quem ouve imagina as danças das entidades noturnas. Faz a músicas para que os espíritos possam bailar. Alguns assoviam, outros tocam tambores, um gestuoso ritual de encanto e magia nas águas noturnas.

Existe também a música das estrela, da lua, do sol, da terra, das montanhas, das árvores, das plantas, das flores, dos planetas... É preciso muito mais do que ouvidos para escutar...

É preciso coração para ouvir a música da natureza

Como seres integrantes dessa imensa natureza, somos capazes de fazer musica e integrar-nos a esta imensidão sonora. Mas do que fazer é ouvi-la com toda a atenção.

Escutar seus cantos e seus encantos e tornado-se parte do todo.

Ah, lembrei-me da música interior... mas fica para um outro dia

“Dance e viva o espírito rumo a Natureza”

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Amizade é a minha força... Sempre...

Existe coisa mais gostosa que uma verdadeira amizade? Existe prazer maior do que o amor que há nesta relação?

Bom, definir o valor da amizade é algo que requer mais coração que razão. A gente não as escolhe, elas chegam sem a gente se dar conta e, quando percebemos, já nos tomou por completo.

A amizade é uma das faces do amor e pode estar contida em uma relação familiar ou conjugal. Podemos ser pais e filhos e amigos... Podemos ser maridos e esposas e amigos... Aliás, pensando melhor Amigo e Amor são palavras que estão contidas uma na outra.

O Amor é a força que nos une, é o laço que o tempo não desata.

Paixão é um sentimento do Ego enquanto o Amor é a essência do Eu superior. Amor é aquilo que transforma as coisas não para sí mesmo, mas sim, para todos e por todos. Consegue dar a luz e faz movimentar a grande corrente da união, o círculo da vida que rompe espaço e o tempo. É o fôlego universal do Grande Espírito.

Amizade verdadeira é aquela que é sentida à milhões de quilômetros com a sensação de estar juntos no calor de um abraço. Não há distancia que faça deixar de sentir.

Sinto saudades de muitos que passaram por minha vida e nem ao menos sei por ande andam. Amigos que fazem até hoje da minha vida um verdadeiro bailado de sentimentos, como a gratidão, o respeito, o carinho, a simplicidade...

Amizade não necessita de olhos... Basta apenas fechá-los e sentir...

Agradeço a todos vocês que ainda transformam minha vida e que estarão sempre comigo

Guilherme, Paulo, Giovani, Marcio, Alexandre, Marcio(1979-2001), Alexandre, Ronaldo, Leandro, Douglas, Má , Dani, Guto, Ulisses, André, Fernando, Franco, Adriana, Fernando, Silvia.

Estarão para sempre no meu coração


sábado, 9 de fevereiro de 2008

Bioarquitetura - Uma nova opção



Dizem que se você bater um papo com o João-de-barro ele te ensina como fazer uma casa como a dele. Pois é...

Em São Manuel-SP, está em fase de acabamento a primeira casa ecológica feita em local público do país, com as técnicas da bioarquitetura.

A casa é toda de barro, não é utilizado nenhum material de contrução civil ou de alvenaria, muito resistente e sua vida útil é igual ou superior as casas comuns. É impermeável, conserva a temperatura mantendo a casa fresca no calor e aquecida no inverno. O telhado é feito de grama e as portas e janelas são feitas a partir da reciclagem de caixas de madeira (pinus).

A técnica já existe em varios lugares do mundo, e foi trazida ao Brasil pelos alemães.

Guilherme Moraes dos Santos,29, aprendeu a técnica e hoje desenvolve um projeto que visa substituição de favelas por vilas ecológicas. Ainda está em andamento e nescessita do apoio das autoridades locais. Afinal a burocracia, como sempre, da um jeitinho para as coisas caminharem bem devagar.

Se quiser ver mais fotos da contrução da casa ecológica entre no link http://www.flickr.com/photos/22714886@N03/

Mais informações sobre a casa ecológica mande um e-mail para

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Um Poema para Adriana






“Acordar e ver o tempo
Dançando entre as folhas
Nas asas da borboleta
Para onde ele vai?

Despertar e sentir o eterno
Já não existe
Nem folhas, nem borboletas
Não existe mais dança

Acordo e já é manhã
Desperto e amanheço
Dentro de mim
Lá fora já é manhã

Lá fora há vida
Folhas e borboletas bailando
O tempo escorre
E nos acolhe

Aqui dentro há vida
Tenho tudo lá fora aqui dentro
Aqui dentro não há tempo
Apenas o bailado, folhas e borboletas”

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quanto vale a criação?


A arte possibilita a cura. Quando criamos , estamos preenchendo um vazio que sentimos dentro de nós. Segundo Rubem Alves "é quando estamos doentes que a criação se manifesta". A arte é a porta que se abre para expor o nosso íntimo. Aquilo que temos dentro de nossas profundezas.


Nós criamos. Porém, a vaidade nos faz acreditar que aquilo que criamos seja nosso por direito. Aí esta o engano. Não somos donos daquilo que criamos. O verdadeiro artista entrega para o mundo. Ele compartilha.


Imagine se uma planta cobrasse pelas flores que cria? (Acredito que as plantas criam também). Qual seria o preço de sua criação?


Nós colhemos suas flores. Ela não liga. Logo ela cria outra, assim, muito parecida. Não tem apego pela sua obra. As vezes, as flores secam e caem, mesmo assim, continua a florir. Existe amor na crição, mas ela sabe que não é dona de suas flores.


O espirito do criador não tem apego. Ele entrega e continua a criar.


O artista sem apego não põe limites para alcançarmos sua obra. Não joga com valores. Não quer ser admirado. Quer curar o mundo. Curar a sí mesmo.


Quando criamos esperando lucro deixamos o mundo cada vez mais doente.