quinta-feira, 6 de março de 2008

Zen


Preste atenção!!! Isso mesmo preste atenção!!!
Difícil, não? Será que estamos atentos ou estamos sempre presos ao tempo? Como assim? Espere aí que já explico.
Esperar... pronto, lá vem o tempo novamente... e lá se foi a atenção.

Pois bem, para estar atento é preciso desconectar-se do tempo. Pois a sensação temporal somente nos remete ao passado ou ao futuro. O presente é atemporal. Quando prestamos atenção, nos conectamos com o presente, com o agora, com este momento.

Prestar a atenção no presente momento e, estar com a mente sempre alerta, é estar conectado com o seu eu interior e com o mundo que nos cerca. É desligar o pensamento às coisas que passaram e despreocupar-se com o que virá. Viver a passagem deste exato segundo enquanto você lê estas palavras. Pouco a pouco começaremos a perceber que o tempo não existe. Nossa mente cria o tempo com a intenção de organizar o cotidiano. O problema é que muito de nós estamos presos a ele, seja no passado ou no futuro.

Agora pare... respire... preste bem atenção no ar que entra e sai dos seus pulmões...
Esvazie a mente... Preste a atenção no presente... somente no presente.

Esta é a chamada meditação zen. É uma pratica da meditação no Zen Budismo. Consiste em manter a mente alerta a todo instante. Você não precisa necessariamente estar parado, sentado, você pode também estar caminhando, tocando violão, digitando, lendo, cozinhando, regando uma planta, etc. Basta estar atento ao que acontece nesse exato momento, em cada movimento, nas cores, nas formas, nos sons, no silêncio... Deixar a mente e os sentidos sempre alerta. Parece simples, não? Pois saiba que o caminho para a simplicidade também exige práticas. No inicio não é tão fácil. Começamos a perceber o quanto somos demasiadamente apressados com nossas práticas durante nosso dia-a-dia. Percebemos o quanto nós precisamos desacelerar e nos desprender daquilo que é temporal.

Uma das praticas que enriquece o espírito é a paciência. Ela nos ensina a caminhar um passo de cada vez rumo ao infinito, ao eterno. A ansiedade e a pressa são amigas da perfeição. Elas querem o perfeito e, o perfeito, é limitado, assim como o tempo. Nosso espírito é ilimitado. Se aprendermos durante o agora a caminhar cada passo não nos preocuparemos com perfeição, nem com passado ou futuro. Com a mente conectada ao agora, os limites impostos por nossos anseios e inquietações se desfazem. Podemos sentir o portal da atravessia navegar pelo eterno movimento das coisas, inclusive, da vida.
Sentir a plenitude da vida em seu eterno movimento... Neste momento...

2 comentários:

Anônimo disse...

O tempo é relativo...
Quando realizamos uma atividade agradável, ele passa tão rápido... E quando realizamos algo que nos pesa, parece que o tempo não passa.
Isso prova que tudo depende de nosso estado interior.
Repare que os animais e as crianças não se preocupam com as horas: contentam-se com aquele "relojinho" interno que a natureza lhes deu. E é por isso que são tão felizes...
Parabéns pelo texto!

Beijos,
Carmem Toledo.

Ulisses Coelho disse...

muito bom

é comum se ver as pessoas tato definir o que é o tempo, quando você está preocupado em definir quando o tempo não está.

parabéns

Ulisses