sábado, 29 de março de 2008

Cante...

O homem é um cantor por natureza. Desde que a humanidade existe nós cantamos e cantamos por vários motivos e em várias ocasiões. O índio canta para a chuva, para a colheita, para o nascimento, para a morte, para a guerra, para a paz, etc. Todas as culturas do planeta tem o seu canto, pois a vida humana não é concebida sem a música.

Porém, em nosso mundo ocidental, existe um congelamento da sensibilidade que impede as pessoas de cantarem. É muito raro ver alguém assoviando uma melodia nas ruas, e seja por pudor, por vergonha ou muitas vezes por medo, deixam de expressar o interior de seus sentimentos através da verdadeira linguagem das emoções humanas.


Quem nunca se emocionou com uma cena em algum filme em que a música desenpenhava um papel fundamental, ou por aquela canção que nos trás lembranças e recordações, sejam felizes ou carregadas de tristesa? Pois a música tem o poder de modificar alguns estados de nossa consciência e conecta-se com emoções do nosso íntimo. Sentimentos que, as vezes, teimamos em não querer sentir.


Para cantar não precisamos ser "músicos" ou "artistas", é preciso conectar-se com sua essência. Voltar a ser humano. Uma vida sem música é uma vida estática a caminho do "sem vida".

Cantar nos integra com o todo, com o nosso Deus interior. Consagramos a vida e nos tornamos humanos.


Para ser um "músico da paz" não é necessario ser afinado. Apenas cante... Cante com toda a força do coração... Cante a Vida... Cante a Paz.... Cante o Deus que há dentro de você... Tornemo-nos outra vez seres humanos.

sábado, 8 de março de 2008

Transformação

Existe uma grande corrente que está se definindo no mundo atual. São pessoas que , sem perceberem, estão interligadas e desempenham, desde já, um grande papel transformador no planeta. São anônimos, porém, com grandes influências em tudo que os cercam. Anônimo seria a palavra para definir aqueles que estão trabalhando em conjunto, porém ainda não são conhecidos por todos aqueles que estão nesta mesma corrente. São espíritos vivos, estudando formas de transformar o mundo e a si mesmos. Pessoas que em algum momento se encontrarão.

Alguns ainda não descobriram, ou não se deram conta de seu papel. Sabem que algo está faltando para completar seu espírito. Possuem um enorme potencial, porém está soterrado pelo “avesso” do mundo. Sente que tudo está ao contrário e não percebem exatamente o caminho. São livres, porém, não descobriram seus rumos. Percebem que a vida não está ligada apenas aos objetivos do mundo externo, mas sim dentro de si mesmo, e sentem os receios de desviar-se de um mundo competitivo e conturbado pelos objetivos ilusórios que encontram no decorrer da vida. Receio e duvidas que acorrentam seu espírito apenas ao que é material.

Quando procuramos dentro de nós mesmos o verdadeiro caminho, sentimos uma imensa vontade de interagir com tudo que nos cerca. O caminho da transformação da vida e do mundo não é encontrado lá fora. Está dentro de nós e, quando conseguimos ousar e mergulhar, conseguimos então decifrar os nossos rumos e sentir a nossa força e visualizar os caminhos que nos levam a realização e a transformação.

Poetas, filósofos, biólogos, comunicadores, músicos, cineastas, cientistas, religiosos, educadores, médicos, e mais uma gama de pessoas que desenvolvem um papel verdadeiro consigo e com o mundo estão interligados nessa corrente de mudanças que o planeta está passando. E vamos precisar de todo mundo.

Hoje, o pensamento materialista e competitivo, que tanto degradou o planeta e seus seres habitantes, está perdendo forças. E apesar de parecer tudo um caos, estamos conseguindo ver brotar a cada dia o Amor e a vontade das pessoas de melhorar o mundo. Mas será preciso um “despertar”. Sim, um despertar interior que nos mostrará a verdadeira essência do que existe lá fora. Somos todos Um. Conhecendo a si próprio conheceremos o outro, a natureza, a essência do planeta e a plenitude da vida.

É um trabalho de formiguinha que já está sendo preparado a milhares de anos. Hoje somos o brotar e as próximas gerações (que também somos nós amanhã), estarão colhendo e replantando a Paz, o Amor e a Vida.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Zen


Preste atenção!!! Isso mesmo preste atenção!!!
Difícil, não? Será que estamos atentos ou estamos sempre presos ao tempo? Como assim? Espere aí que já explico.
Esperar... pronto, lá vem o tempo novamente... e lá se foi a atenção.

Pois bem, para estar atento é preciso desconectar-se do tempo. Pois a sensação temporal somente nos remete ao passado ou ao futuro. O presente é atemporal. Quando prestamos atenção, nos conectamos com o presente, com o agora, com este momento.

Prestar a atenção no presente momento e, estar com a mente sempre alerta, é estar conectado com o seu eu interior e com o mundo que nos cerca. É desligar o pensamento às coisas que passaram e despreocupar-se com o que virá. Viver a passagem deste exato segundo enquanto você lê estas palavras. Pouco a pouco começaremos a perceber que o tempo não existe. Nossa mente cria o tempo com a intenção de organizar o cotidiano. O problema é que muito de nós estamos presos a ele, seja no passado ou no futuro.

Agora pare... respire... preste bem atenção no ar que entra e sai dos seus pulmões...
Esvazie a mente... Preste a atenção no presente... somente no presente.

Esta é a chamada meditação zen. É uma pratica da meditação no Zen Budismo. Consiste em manter a mente alerta a todo instante. Você não precisa necessariamente estar parado, sentado, você pode também estar caminhando, tocando violão, digitando, lendo, cozinhando, regando uma planta, etc. Basta estar atento ao que acontece nesse exato momento, em cada movimento, nas cores, nas formas, nos sons, no silêncio... Deixar a mente e os sentidos sempre alerta. Parece simples, não? Pois saiba que o caminho para a simplicidade também exige práticas. No inicio não é tão fácil. Começamos a perceber o quanto somos demasiadamente apressados com nossas práticas durante nosso dia-a-dia. Percebemos o quanto nós precisamos desacelerar e nos desprender daquilo que é temporal.

Uma das praticas que enriquece o espírito é a paciência. Ela nos ensina a caminhar um passo de cada vez rumo ao infinito, ao eterno. A ansiedade e a pressa são amigas da perfeição. Elas querem o perfeito e, o perfeito, é limitado, assim como o tempo. Nosso espírito é ilimitado. Se aprendermos durante o agora a caminhar cada passo não nos preocuparemos com perfeição, nem com passado ou futuro. Com a mente conectada ao agora, os limites impostos por nossos anseios e inquietações se desfazem. Podemos sentir o portal da atravessia navegar pelo eterno movimento das coisas, inclusive, da vida.
Sentir a plenitude da vida em seu eterno movimento... Neste momento...